Nosso egoísmo e a volta de JESUS

terça-feira, 9 de abril de 2013


 
 
Texto escrito por Gabriela Braga

Àquela noite foi terrível. Não tem como esquecer. Lembro-me de ver o céu bem negro, a lua distante, mas bem iluminada. As vozes ainda ecoam na minha mente. Sentia-me presa por grades de ferro. As lágrimas escorriam facilmente pela face por caminhos abertos pelas primeiras que com dificuldade rolaram.

A velha, boa e inexplicável saudade daquilo que nunca vi veio à tona. Tudo o que eu precisava era de um abraço, de Alguém que apertasse um botão e apagasse todas as minhas lembranças ruins, esse Alguém é Jesus, o Único que pode fazer isso por nós. Saudades de um lar, saudades de um Pai, do abraço do meu Pai. Como eu desejei (e desejo) ver aquela pequena nuvem do tamanho da mão de um homem vir crescendo e brilhando cada vez mais. Encontrar Aquele que realmente nos ama e pode preencher o nosso vazio existencial. A vontade de ver meu Deus é imensa, não sei explicar.

Precisamos esperar um pouco mais, existe uma obra a ser feita.

Um sermão que ouvi do estimado Professor e Pastor Valdecir Lima, com o título “A Simplicidade do Poder” me iluminou muito a respeito dessa espera do fim. Ele diz algo que faz muito sentido: em Mateus 24 quando Jesus nos diz os sinais de Sua segunda vinda, lemos sobre as guerras, os rumores de guerra, falta de amor, terremotos e destruição em vários lugares, e Ele diz que ainda não é o fim. No verso 14 lemos assim: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” O fim vem não por ocasião das guerras, ou pela maldade da humanidade, mas pela finalização da obra do Senhor nesse mundo tenebroso.

Por mais decepcionada que eu fique por causa da minha mentalidade humana e do meu egoísmo, a volta de Cristo não depende da minha vontade ou do quanto eu sofro. Depende inteiramente dEle. Ele conhece o inicio e o fim desde o principio, sabe o que é melhor para todos. “Depende” do meu comprometimento como cristã! Da união dos irmãos, da formação de discípulos, do senso de missão. Não funciona o “eu sofro tanto, Jesus podia vir logo”. Onde fica o amor verdadeiro por pessoas, por aqueles que ainda precisam ouvir o evangelho e se converter de seus maus caminhos?
 
Por mais triste e angustiada que eu esteja meu dever é confiar em meio à adversidade, tornar-me praticante da palavra nas circunstâncias contraditórias. Assim poderei ser moldada ao formato de Cristo, crescendo em graça e poder viver como uma verdadeira cidadã do céu!

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